Ontem, 31/07/2024, a partir das 19h00, ocorreu na sede conjunta das entidades Gabinete de Leitura/Academia Piauiense de Cultura, a exibição do documentário sobre os Últimos Piratas do Ritmo e seus herdeiros na continuação da música popular parnaibana, produzido por Vítor de Athayde Couto [professor aposentado da Universidade Federal da Bahia].
O evento foi conduzido por Roberto Trindade Silva [Acadêmico da APC], com explicitação do Vítor Couto, estando no apoio logístico Paulo Couto [Acadêmico da APC], e Luanni Machado [Gabinete de Leitura].
Ao iniciar a sua fala, Roberto Trindade mencionou a memória da musicalidade do Conjunto Piratas do Ritmo, às festas no clube Cassino 24 de Janeiro e saraus na Fazenda Paraíso, onde o seu tio Engenheiro Alberto Tavares Silva, lá na Ilha Grande de Santa Isabel, os recebia incorporando ao conjunto a sua maestria no piano. Para complementar o quadro descrito, estava presente no ambiente cultural, Suzana Tavares Silva [filha do saudoso Alberto Silva].
Já Vítor Couto, situou o universo do seu trabalho no documentário prestes a ser iniciado, o qual, para complementação, saliento a mensagem enviada para este escriba pelo instrumentista Renildo, mencionando que essas reuniões musicais, com instrumentos e voz, transitaram ao longo do tempo nas residências do Domingos Cunha, Chico Elisiário e Assis Canjica.
Dentre os participantes no vídeo que se foram para a eternidade, Renildo lembrou de Sansão, Beija, Chiquinho Sorveteiro, Bandeira, Mundico Baquil, Capitão Rocha, Lulu, Pepê, Cajueiro, Pedro Mourão, Chico Pinheiro, Osmar Bezerra, Terezinha Rocha, Maria Irma, José Maria Lopes Martins, Capitão Rocha, Capitão Jesus Araújo [Zezico], Josias Sapateiro e o Capitão Nobre [Pirata do Ritmo], recentemente falecido em Parnaíba, para onde havia retornado para morar.
Dentre os herdeiros da boa música, que aparecem no documentário, estão vivos: Assis Canjica, Tonhão, Manga, Panelinha, Dominguinhos, Augusto César, Dr. Costinha [médico em Brasília] eTeófilo.
Após a exibição do documentário, muitas vezes palmeado pelos espectadores, houve a apresentação, ao vivo, de um conjunto formado por herdeiros da boa música dos Piratas do Ritmo, com os instrumentistas presentes: Gregório Neto (voz e Violão], Dominguinhos-filho de Domingos Cunha (Saxofone), Moisés-iniciado na música por Domingos Cunha, Quixaba (pandeiro] e Assis Canjica (Bandolim). Também, o articulista do Jornal Norte do Piauí – Alberto Furtado – distribuiu, entre os presentes, artigo publicado sobre os “Piratas do Ritmo”.
Particularmente, fui um frequentador assíduo daquelas domingueiras, que vistas na noite de ontem pela jovem Érica Jamp, assim se expressou:
“Os Piratas do Ritmo balançaram as ondas sonoras da minha existência. Emergiram as lembranças de minhas vivências e mesmo assim ancoraram no tesouro do meu coração. Emocionante tudo e gratidão por esse momento”.
FLAGRANTE DA APRESENTAÇÃO DO GRUPO MUSICAL AO VIVO