Na manhã desta segunda-feira (05), data em que acontece a abertura do Ano Legislativo na Alepi, professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) ocuparam o estacionamento que dá entrada ao plenarinho para fazer a leitura de uma carta com pautas da greve, deflagrada há quase um mês.
Segundo a professora Lucineide Barros, informou que, além dos deputados, o grupo também buscou apoio na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí e Tribunal de Justiça.
“Tivemos tentativas na semana passada que, infelizmente, não avançaram porque não teve nenhuma proposta em relação ao reajuste salarial, que é o nosso primeiro ponto de pauta. Encaminhamos na semana passada documento a cada um dos deputados, solicitando apoio. Também hoje em manhã estivemos na OAB, também estivemos no Tribunal de Justiça, estamos atuando por diferentes modos para ser ouvidos, é isso que nós queremos, ser ouvidos na nossa reivindicação, para que se encontre um bom termo e que se coloque fim à greve”, declarou.
Lucineide também pontuou que os professores reivindicam reajuste salarial, bem como a restituição imediata dos salários. Eles apresentaram uma proposta de reajuste salarial de 22%, com implementação de 11% em janeiro e a segunda parte em maio. Além disso, há uma preocupação com um Projeto de Lei Complementar do ano passado, que buscava alterar o funcionamento da universidade, mudando o modelo de ensino, pesquisa e extensão ao reduzir significativamente a carga horária de ensino.
“Olha, nós temos perdas de 68,34%. No dia 18 apresentamos uma proposta de reajuste em 2024 para abater dessas perdas de 22,4%. Sendo que a gente propunha naquele momento é 11% em janeiro, 11% em maio. O governo nada disse sobre isso. A outra proposta diz respeito diretamente à Assembleia Legislativa, que é em relação ao PL, Projeto de Lei Complementar número 9 do ano passado, em que o governo tentou desfigurar a universidade alterando o modo de funcionamento do tripé que sustenta a universidade”, acrescentou.
Em Parnaíba, houve manifestação de professores e estudantes na manhã desta segunda-feira na praça da Graça a pouco metros do gabinete do prefeito Mão Santa a muito próximo da Câmara Municipal.
Com discursos e palavras de ordem os manifestantes exigem melhores condições de trabalho e a defasagem salarial há mais de dez anos. Segundo líderes do movimento em Parnaíba o governador só que dar 4% para todas as categorias. Os professores denunciam também que 63 deles tiveram cortes de até 5% em seus salários. Na ocasião discursaram os professores Manoel Domingos Neto, Idelmar Cavalcante, Maria de Jesus Marques Silva, a Dude e a líder e ativista Celeste Sousa.