O prefeito de Cajueiro da Praia, Felipe de Carvalho Ribeiro (PT), foi alvo da 2ª fase da Operação Volt, deflagrada nesta terça-feira (06), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), em combate a desvio de recursos públicos.
Segundo o promotor de Justiça Cláudio Soeiro, está sendo investigado um esquema de fraude à licitação, peculato-desvio, lavagem de dinheiro, organização criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva.
“Ele [o prefeito] é apontado como a liderança [do esquema]. Boa parte dos recursos voltavam pra ele por meio de empresas ligadas a pessoas da família ou servidores ligados a ele e depois chegava até o núcleo da família dele”, afirmou o promotor em entrevista a um canal de televisão.Durante a operação, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Cajueiro da Praia e em outros dois municípios do litoral piauiense, Parnaíba e Luís Correia, porque, segundo o GAECO, alguns dos alvos possuem endereços nessas cidades.
Foram apreendidos diversos dispositivos, computadores, agendas com anotações e dinheiro, algo em torno de 5,5 mil, conforme o GAECO. O trabalho conta com o apoio do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) e das polícias Civil (PCPI) e Militar (PMPI).
Filho da prefeita de Luís Correia foi alvo da 1ª fase
Secretário municipal de finanças e filho da prefeita de Luís Correia, Pedro Júnior Fontenele Brito. Pedro Júnior Fontenele Brito, filho da prefeita de Luís Correia, Maria das Dores Fontenele Brito, mais conhecida como Maninha Fontenele, foi um dos alvos da 1ª fase da Operação Volt.
Na época, ele era secretário municipal de finanças do município e foi foco de outra operação, no mesmo dia, que também investigava lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Conforme o GAECO, os esquemas de desvio de recursos, tanto em Luís Correia como em Cajueiro da Praia, funcionavam por meio de uma mesma empresa contratada para serviço de iluminação pública nos municípios.
A investigação aponta que parte dos recursos destinados ao pagamento dos contratados retornavam aos gestores. “Em Luís Correia esse dinheiro ia para o filho da prefeita e em Cajueiro da Praia para a família do prefeito”, afirmou o promotor Cláudio Soeiro.
Segundo a Polícia Civil, foram apreendidos R$ 145 mil em espécie na casa de Pedro Júnior Brito. O GAECO informou que não foi cumprido o mandado de prisão contra ele porque ele não estava na residência no momento da ação.
A prefeita Maninha Fontenele se manifestou por nota, informando que determinou a exoneração do filho. Além de ressaltar que não foi citada na investigação e que não sofreu qualquer ato por parte do Poder Judiciário.
