Polícia Civil em Parnaíba investiga despejo de fezes humanas em lixão.

A Polícia Civil do Piauí em Parnaíba investiga o despejo irregular de fezes humanas em um lixão na cidade de Parnaíba, no litoral do estado. A investigação aponta que o crime ambiental é praticado por empresas privadas que atuam na limpeza de fossas. 

“A polícia investiga o depósito de resíduos sólidos no lixão de Parnaíba. São vários problemas encontrados, tanto a questão do lixo domiciliar jogado diretamente no solo, a céu aberto, próximo das residências, quanto o despejo irregular de resíduos sólidos de empresas limpadoras de fossas também diretamente no solo.

 É algo que já está incomodando diretamente a população que mora próximo ao lixão, principalmente, em um condomínio”, explica o delegado Ayslan Magalhães, titular da 2ª Delegacia Seccional de Parnaíba.

A Polícia Civil do Piauí já tem provas do crime ambiental praticado por empresas privadas. Três, inclusive, já foram autuadas. 

“Fotografamos e filmamos vários caminhões jogando lá esses dejetos e a Polícia Civil está investigando vários crimes ambientais. Requisitamos a perícia ambiental que foi realizada nesta quinta-feira. A perícia tem prazo de dez dias, podendo ser prorrogado por mais dez dias, para emitir o laudo e a gente saber a extensão do dano ambiental”, explica Magalhães. Para o delegado, o crime ambiental está bem configurado. 

“O crime ambiental está bem configurado, bem delineado. O que a Polícia Civil quer saber é a extensão do dano, seja territorial, seja a potencial população que está sendo atingida, se está tendo ou não contaminação do lençol freático, entre outros crimes ambientais”, explica o delegado.

Das quatro empresas investigadas, a Polícia Civil já ouviu representantes de três. Ayslan Magalhães acrescenta que, a próxima etapa, será ouvir representantes da prefeitura de Parnaíba.

“Para saber a responsabilidade de todos, entender um pouco como vem sendo realizado esse despejo desde 2000 até a presente data. A Polícia Civil também já tem conhecimento de uma ação civil pública para investigar esses fatos e vamos somar a essa investigação”, finaliza o delegado.

Por Graciane Araújo

 

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Pádua Marques

Jornalista, cronista, contista, romancista e ecologista.

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