Oficina teatral leva ao Gabinete de Leitura pela primeira vez A Morte de Carolina em Parnaíba.

Na manhã desse sábado, 14, foi realizada nas dependências do gabinete de Leitura, localizado na avenida Presidente Vargas, a peça teatral A Morte de Carolina, que fora filha de Simplício Dias da Silva.

O mencionado espetáculo é resultado da oficina teatral: Técnicas para atores (projeto conteplado n lei Paulo Gustavo, através da prefeitura municipal de Parnaíba), que foi realizada na sala dona Maroca, sala em anexo ao prédio do Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Parnaíba.

A história do assassinato de Carolina Tomazia foi levada aos palcos, , mas segundo o ator e dramaturgo Flávio Sidônio, terá outras edições, as quais com mais detalhes e informações deste crime que supostamente foi o primeiro feminicídio em Parnaíba, pois segundo o escritor Adrião Neto, o mentor foi o próprio esposo da vítima, o capitão Francisco de Miranda.

O Crime

Na noite do dia 27 de agosto de 1850, na comunidade buriti dos Lopes, quando ainda fazia parte de Parnaíba enquanto os negros se confraternizam na senzala da fazenda dançado Lundu ao som de batuque, Carolina se encontra sozinha em seu quarto, lendo um livro de poesias a luz de vela num candelabro de prata leva um tiro.

O barulho da garucha atrai a atenção do capataz que a encontra quase morta. Carolina é levada à Parnaíba de marcha acelerada em vez de canoa. O capataz se encontra montado em seu cavalo e comandava escravos e de quando em quando uma cabaça de cachaça passava de mão em mão e de boca em boca. Dizem que todas as vezes que Aleixo substituía um dos condutores da rede, a moribunda, se mexia e o sangue fluía do ferimento. Depois de 5 horas de caminhada Carolina morre.

8 meses depois a culpa caiu sobre o escravo Aleixo de 17 anos de idade, que tinha o apelido de coruja. Alguns pesquisadores e historiadores acreditam e não descartam que o autor do crime foi o marido da mesma, o capitão Francisco Miranda. Infelizmente Aleixo teve um julgamento rápido e não teve direito a se defender e no dia 14 de abril de 1851 aconteceu o enforcamento do mesmo na praça da Graça. O caso foi tido como encerrado mais a suspeita ficará de um possível feminicídio praticado pelo próprio marido de Carolina. Fotos e texto de Flávio Sidônio.

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Pádua Marques

Jornalista, cronista, contista, romancista e ecologista.

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