O véi tá caducando… por Antônio Gallas.

Esta eu não ouvi contar. Aconteceu comigo. Recentemente.

Uma loja de departamentos com matriz na capital Teresina, inaugurou aqui em Parnaíba, uma filial, nas proximidades do Parnaíba Shopping, na avenida São Sebastião. Como já é praxe, as lojas recém-inauguradas, com objetivo de atrair clientes, fazem promoções ofertando produtos com preços mais baixos, facilitam o crediário, sorteiam brindes diversos, e até carros.

Assim, aproveitando essas promoções de inauguração, eu e minha esposa fomos à loja com objetivo de fazermos compras, tais como roupas, calçados e um conjunto de panelas para completar as já existentes em nossa cozinha.

 E assim fomos.

 Como como é característico da personalidade feminina, minha esposa – e não poderia ser diferente, em primeiro lugar foi para a sessão das confecções. Depois perguntamos à moça que estava nos atendendo onde encontraríamos sessão de utensílios e esta nos informou que no andar superior.  Tomamos o elevador e descemos no primeiro e o único andar após o térreo. Escolhemos o que queríamos comprar e fomos informados que os caixas existiam apenas no andar térreo.

Desta forma tomamos de volta o elevador e fui para o caixa das prioridades. Após pagar a compra minha esposa continuou olhando as confecções e outros produtos como toalhas de banho, de rosto, de mesa, calçados etc…  Disse-lhe que a esperaria próximo ao elevador para irmos embora.

Aguardei aproximadamente por uns 20 minutos e nada dela aparecer. Mas como eu sei o que é peculiar em todas as mulheres ao entrarem em lojas de confecções não me preocupei tanto.  Encontrei uma pessoa conhecida e ficamos conversando para amenizar o tempo da espera. Foi então que, de repente ela aparece e disse-me:  ” Antônio Gallas, faz horas que estou à sua procura para irmos embora.

A loja já está fechada. Fui até o estacionamento pensando que você já estivesse no carro e voltei. Falei com o segurança, expliquei que estava à sua procura pedi para ele abrir a porta. Vamos embora”. Ao que eu respondi: e eu aqui na porta do elevador lhe esperando.

 Imediatamente ela me responde: “meu bem, não precisa do elevador. Vamos descer aqui pela rampa…”

Estávamos no térreo do prédio da loja, mas na minha mente ainda estávamos no primeiro andar.

 Olhei para o segurança e percebi nele um sorriso sarcástico. Naturalmente ele estava pensando: esse véi já tá é caducando!!!

Do livro ESTÓRIAS QUE EU OUVI CONTAR a ser publicado brevemente.

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Pádua Marques

Jornalista, cronista, contista, romancista e ecologista.

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