O desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí, Joaquim Santana, determinou o afastamento do tabelião e mais dois funcionários do 1º cartório de Luis Correia após operação da Polícia Federal. O magistrado nomeou uma interventora para o cartório após a PF apontar indícios de fraude em matrícula para especulação mobiliária no município de Cajueiro da Praia.
O tabelião, a mulher e o filho foram afastados após a investigação da PF apontar que os três são suspeitos de ajudar uma organização criminosa especializada em fraudar documentos para venda de terras da União.
Doze pessoas foram alvos da operação da PF entre eles, o prefeito de Cajueiro da Praia, Felipe Ribeiro (PT), da primeira-dama Clara Pereira, do secretário municipal de Governo, Thiago Ribeiro e a ex-prefeita de Cajueiro, Vânia Ribeiro, que é mãe do prefeito e atual Secretaria Municipal de Saúde.
O desembargador deu um prazo de 90 dias para a interventora Rosanne Rocha Antonialli coordenar os trabalhos e não prejudicar o andamento das atividades.
A decisão estabelece a proibição, aos investigados, de acesso à sede da serventia, a quaisquer sistemas informatizados a ela relacionados e de se comunicarem entre si e com os demais empregados e prestadores de serviço do cartório.
Além disso, foi determinada a suspensão do expediente externo da 1ª Serventia Extrajudicial de Luís Correia pelo período de cinco dias, a partir do dia 17 de junho de 2024, exceto para casos urgentes, que serão atendidos em regime de plantão.
O processo de intervenção será acompanhado por três magistrados: Leonardo Brasileiro, Carlos Augusto Arantes Júnior e Heliomar Rios Ferreira.
Durante a operação, delegado da PF, Eduardo Monteiro, que preside o inquérito, solicitou o afastamento dos três funcionários do cartório e que o Tribunal de Justiça realizasse uma correição no estabelecimento.