Cerca de 28% dos quilombolas piauienses são analfabetos, diz levantamento do IBGE.

O Censo Demográfico 2022 do IBGE apontou que a taxa de analfabetismo entre a população quilombola piauiense chegou a 28,75%, indicador superior ao que foi observado para a média da população do estado, de 17,23%.

A taxa de analfabetismo varia conforme a localização da população quilombola. Os que residiam dentro de territórios quilombolas oficialmente delimitados a taxa de analfabetismo alcançou 29,87%, indicador superior ao registrado para os quilombolas que residiam fora de territórios quilombolas oficialmente delimitados, que foi de 28,34%.

Para o Brasil, a taxa de analfabetismo entre a população quilombola chegou a 18,99%, indicador superior ao que foi observado para a média da população do país, de 7,0%. A taxa de analfabetismo para os quilombolas que residiam dentro de territórios quilombolas oficialmente delimitados alcançou 19,75%, indicador superior ao registrado para os quilombolas que residiam fora de territórios quilombolas oficialmente delimitados, que foi de 18,88%.

Entre os estados da federação, a maior taxa total de analfabetismo da população quilombola foi a registrada por Alagoas, com 29,77%, seguido do Piauí, com 28,75%. A menor taxa de analfabetismo da população quilombola foi a do Distrito Federal, com 1,26%.

Sob o enfoque dos grupos etários, a população quilombola piauiense apresentou taxa de analfabetismo sempre superior à da população em geral do estado, independentemente da faixa etária. Os indicadores de analfabetismo aumentam conforme se eleva o grupo etário, onde o grupo de 15 a 19 anos foi o que apresentou menor taxa de analfabetismo para a população quilombola, de 4,06%, contra 2,51% observada para o total da população do estado. A maior taxa de analfabetismo observada para a população quilombola foi a de 65 anos ou mais de idade, com 68,95%, contra 47,63% para a população em geral do estado.

No Piauí, 1% dos domicílios são quilombolas e a “casa” é o principal tipo de domicílio daquela população

No Piauí, foram identificados 10.595 domicílios particulares permanentes ocupados com pelo menos um morador quilombola, o equivalente a 0,99% do total de domicílios permanentes ocupados da população do estado (1.071.549). No Brasil, de um total de 72,4 milhões de domicílios particulares permanentes ocupados recenseados, 474.747 têm pelo menos um morador quilombola, correspondendo a 0,66%.

O tipo predominante de domicílios no qual a população quilombola residia era “casa”, com 99,77% dos domicílios particulares permanentes ocupados, indicador acima do registrado para a população em geral do estado, com 94,63% dos domicílios. O segundo tipo mais usual de domicílio utilizado pela população quilombola foi “apartamento”, com 0,13% dos domicílios, indicadora do que foi registrado para a população em geral do estado, com 4,59% dos domicílios.

Facebook
WhatsApp
Email
Imprimir
Picture of Pádua Marques

Pádua Marques

Jornalista, cronista, contista, romancista e ecologista.

Seja avisado a cada notícia nova!