A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (30) o acionamento da bandeira vermelha patamar 2 para o mês de setembro, o que resultará em um aumento de R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Essa é a primeira vez em mais de três anos que o país retorna a esse patamar, caracterizado pelos maiores custos de geração de energia elétrica.
A principal causa do acionamento da bandeira mais cara é a previsão de chuvas abaixo da média para setembro, o que impactará diretamente o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Com a menor geração de energia por essas usinas, mais caras termelétricas precisarão ser acionadas para atender à demanda, elevando os custos de produção.
Desde agosto de 2021, não havia sido acionada a bandeira vermelha patamar 2. Desde então, o sistema de bandeiras havia se mantido em patamares mais baixos, com uma sequência de bandeiras verdes iniciada em abril de 2022 e interrompida apenas em julho de 2024 por uma bandeira amarela, seguida por uma bandeira verde em agosto.
Sistema de bandeiras tarifária
As bandeiras tarifárias são um sistema criado pela Aneel para sinalizar aos consumidores os custos variáveis da geração de energia e incentivar o consumo consciente. Existem três tipos de bandeiras: verde, amarela e vermelha. A cor da bandeira indica o custo variável da geração de energia e, consequentemente, o valor a ser acrescido à conta de luz.
- Verde: Indica condições favoráveis de geração de energia, com baixo custo variável.
- Amarela: Sinaliza custos de geração um pouco mais elevados, em geral devido a uma menor disponibilidade de água nos reservatórios.
- Vermelha: Indica condições mais custosas de geração, como a atual, em que há menor disponibilidade de água nos reservatórios e maior necessidade de acionar usinas térmicas. A bandeira vermelha possui dois patamares: patamar 1 e patamar 2, sendo este último o mais caro.